Livro

A sociedade pelos olhos de um psicanalista

Médico e professor Paulo Rosa lança seu primeiro livro de crônicas Andar térreo hoje, em Porto Alegre

Jô Folha -

Lançamento da Ardotempo, Andar térreo é o primeiro livro de crônicas do médico pediatra, psicanalista e professor pelotense Paulo Rosa. A obra vai ser lançada nesta sexta-feira (11), às 19h, no La Vita È Bella, bar e café italiano de Porto Alegre. Em Pelotas a sessão de autógrafos ocorrerá dia 29 de novembro, na Bibliotheca Pública Pelotense.

Em forma de sarau literário, o evento em Porto Alegre contará a presença da jovem poeta Mariana Ianelli, uma das prefaciadoras do livro. A atividade terá ainda leitura de poesias, conversa com os poetas e show musical.

Peculiaridades

Andar térreo reúne cerca de cem crônicas de Paulo Rosa, algumas delas publicadas em jornais gaúchos, como o próprio Diário Popular, veículo do qual o escritor é cronista há cinco anos. A obra ainda congrega textos inéditos escritas recentemente.

Apesar de suscitar uma dupla interpretação, o título do livro estrutura a obra dividida em cinco capítulos ou pavimentos, como um edifício. Outra peculiaridade são os seis prefácios escritos por pessoas diferentes. Uma delas é a poeta Mariana Ianelli. Além dela estão também a escritora Stefania Chiarelli, o psicanalista uruguaio Ricardo Bernardi, o médico português Rui Mota Cardoso, o editor Alfredo Aquino e o fotógrafo Gilberto Perin.

Nas crônicas, Paulo Rosa aborda temas mais filosóficos e psicanalíticos e faz reflexões sobre a sociedade, a política e o viver. "A vida é muito difícil. Não tem regra, não tem receita, mas a gente tem de procurar estar feliz e se cercar de gente legal", diz.

Por pavimentos

No andar térreo aborda a criança. "Acho que as melhores crônicas que escrevi são as sobre crianças." Apesar dessa base os andares não perfazem uma sequência temporal do homem. Num outro andar reuniu crônicas que envolvem a psicanálise, área da Medicina que já lhe rendeu outros livros teóricos.

Um dos capítulos reúne crônicas escritas sobre um grandes amigo, Aldyr Garcia Schlee. O escritor, que morreu no ano passado, incentivava Paulo Rosa a publicar suas crônicas. "O Schlee foi uma pessoa muito importante nessa trajetória."

Uma das crônicas inéditas tem título que vai de encontro ao senso comum. Em Casamento é liberdade o escritor pensa o matrimônio como um elemento libertário.
Na visão dele, a união pode e deve estimular a ruptura com os seus próprios entraves, freios e prisões. A opinião é tão instigante que o autor já foi convidado para palestrar sobre o assunto ainda neste mês. "Se o casamento é uma prisão, não serve", diz.

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